Descrição
Autores: Fábio Santos Bispo
Sinopse:
Este livro é fruto de uma pesquisa de doutorado que buscou compreender como a morte violenta se apresenta na relação do sujeito com o laço social, considerando-se as dimensões imaginária, simbólica e real por meio das quais Lacan aborda a experiência freudiana. A partir de questões sobre a morte violenta de jovens envolvidos com a criminalidade, propusemos uma investigação teórica acerca dessa problemática. Se a princípio Lacan propõe uma lógica na qual o Simbólico funciona como a instância reguladora, que limita a agressividade presente na relação intersubjetiva, posteriormente, com o nó borromeano, será possível reorganizar as relações entre os registros. Circunscrevemos assim três diferentes modos de apresentação da morte violenta no laço social: a) um modo imaginário, que foca aspectos intersubjetivos, como a rivalidade e o reconhecimento; b) um modo simbólico, que contempla as determinações discursivas, como a interdição e a própria violência da lei; e c) um modo real, que foca aquilo que escapa às significações imaginárias e ao ordenamento propiciado pela linguagem. A morte violenta, tomada em cada uma das consistências do RSI, coloca em relação elementos paradoxais – o direito e o avesso das respostas subjetivas e sociais –, como a agressividade e o reconhecimento, a pulsão de vida e a pulsão de morte, a pacificação e a violência, a catástrofe máxima de uma destruição absoluta e uma abertura criadora entrevista por uma diferença mínima. Essa discussão incita a uma subversão do discurso social sobre a criminalidade e sobre o criminoso, trazendo uma contribuição fundamental.
Editora:Editora CRV
ISBN:ISBN: 9788544426166
DOI:10.24824/978854442616.6
Ano de edição:2018
Número de páginas:264
Formato:16x23
Compre a versão E-book nos principais marketplaces
Assunto:
B621
Bispo, Fábio Santos
Morte violenta modalidades de apresentação no laço social / Fábio Santos Bispo – Curitiba
CRV, 2018
264 p
Bibliografi a
ISBN 978-85-444-2616-6
DOI 1024824/9788544426166
1 Psicologia 2 Psicanálise – morte 3 Laço social I Título II Série
CDU 1599 CDD 155937
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
PRIMEIRA PARTE
A MORTE VIOLENTA NA CONSTITUIÇÃO
DO SUJEITO E DO LAÇO SOCIAL
CAPÍTULO
DEFINIÇÕES CONCEITUAIS violência e morte violenta
CAPÍTULO
A MORTE VIOLENTA EM SIGMUND FREUD
A morte violenta como fundamento da constituição da cultura
Totem e tabu
Tabu e morte violenta
O assassinato do pai primevo
A pulsão de morte e o mal-estar na civilização
O trauma e a compulsão à repetição
A pulsão de morte
A morte violenta e a pulsão de morte
Para concluir do desejo de morte à pulsão de morte
CAPÍTULO
A LÓGICA DA CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO EM LACAN do mito
edípico à topologia borromeana
Os diferentes planos do conflito edipiano
Os complexos familiares e o mito individual do neurótico
Seminário – o nome do pai
Seminário – as formas da função paterna
Seminário – os três tempos do Édipo
Seminário – Das Ding e a dimensão real da Lei
Da centralidade do simbólico à equivalência
entre os três registros
Um Outro gozo
A topologia borromeana e os modos de
coexistência dos três registros
Para concluir
Morte violenta - modalidades de apresentação no laço socialxindd
SEGUNDA PARTE
MODALIDADES DE APRESENTAÇÃO DA MORTE
VIOLENTA NO LAÇO SOCIAL
CAPÍTULO
INCIDÊNCIAS DA MORTE VIOLENTA NO LAÇO SOCIAL
As guerras no tráfico
CAPÍTULO
A MORTE VIOLENTA NA DIMENSÃO IMAGINÁRIA
A rivalidade e o reconhecimento
A ideia da morte em Hegel
O Hegel de Lacan
Para concluir
CAPÍTULO
A MORTE VIOLENTA NO INTERIOR DA ORDEM SIMBÓLICA
Lei e violência
A violência fundadora
A violência conservadora
O recalque da violência pelo poder
A criminalidade e a inscrição da morte violenta em
dispositivos simbólicos
CAPÍTULO
O REAL DA MORTE VIOLENTA
Da destruição máxima à diferença mínima
A figura da catástrofe como dissolução real
A vida nua da transgressão de um
limite a uma violência ilimitada
O Real do gozo fálico e o Real do gozo feminino
A violência mítica e a violência divina
A vida nua e a entrada na Guerra
O Real da experiência analítica
Mineirinho
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
